terça-feira, 17 de março de 2020

Uma coisa é certa, o Corona vírus, no Brasil, sem medidas de contenção eficientes, mata os mesmos: moradores das periferias.


O que sabemos com certeza sobre o Coronavírus é que a ferramenta mais poderosa no controle epidemiológico do vírus é limitar a circulação de pessoas nos espaços, especialmente, agora que percebemos que o vírus começou a circular de foma mais intensa.

Irá haver enorme impacto na chamada atividade econômica”, sim!!!!  Claro que vai.

O pior é que a circulação desse vírus no Brasil, expõem nossas divisões econômicas e, por consequência, nosso racismo e classismo.

Então, quem veio de fora do país e trouxe o vírus, não foram as empregadas domésticas em viagens a Disney, mas foram os que tem possibilidades econômicas para viajar. Foram esses que trouxeram em “suas bagagens” o coronavírus e estão adoecendo.

Por isso, se tem alguma fronteira a ser evitada são os bairros de classe média e alta.

O SUS vem sendo desmanchado, especialmente, desde o governo Temer. Não será em um mês que se conseguirá recontratar médicos, enfermeiros, assistentes sociais, terapeutas, educadores físicos, farmacêuticos... Não será em um mês que se conseguirá reativar as equipes da saúde da família extintas no governo Bolsonaro. Não será em um mês que os trabalhadores que perderam seus direitos trabalhistas e empregos, terão renda para ficar em casa lavando as mãos, ou renda para comprar álcool em gel superfaturado.

Vemos repetirem-se no Brasil o mesmo sistema de extermínio desde o colonialismo.

Os empobrecidos estão em absoluta desvantagem para enfrentar essa pandemia.

E aí o que fazer?
Bolsas de renda para não irem ao trabalho? Isenção de taxas de água e luz para ficarem em casa sem preocupação como o aumento do consumo?
Nada disso será feito pelo governo Bolsonaro.

Então, que pelo menos os privilegiados deixem de circular.
Empobrecidas e empobrecidos, (ainda mais se forem idosos),  vão ser o mais fragilmente atingidos. Então, que os mais abastados e privilegiados não incrementem a morte deles.
Aliás, podiam continuar sendo atendidos na rede privada, pelos planos de saúde, deixando a rede pública pra quem sempre usou e agora precisará usar ainda mais.

Que tal?

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