O que sabemos com certeza sobre o Coronavírus é que a
ferramenta mais poderosa no controle epidemiológico do vírus é limitar a
circulação de pessoas nos espaços, especialmente, agora que percebemos que o vírus
começou a circular de foma mais intensa.
Irá haver enorme impacto na chamada atividade econômica”,
sim!!!! Claro que vai.
O pior é que a circulação desse vírus no Brasil, expõem
nossas divisões econômicas e, por consequência, nosso racismo e classismo.
Então, quem veio de fora do país e trouxe o vírus, não foram
as empregadas domésticas em viagens a Disney, mas foram os que tem possibilidades
econômicas para viajar. Foram esses que trouxeram em “suas bagagens” o coronavírus
e estão adoecendo.
Por isso, se tem alguma fronteira a ser evitada são os
bairros de classe média e alta.
O SUS vem sendo desmanchado, especialmente, desde o governo
Temer. Não será em um mês que se conseguirá recontratar médicos, enfermeiros,
assistentes sociais, terapeutas, educadores físicos, farmacêuticos... Não será
em um mês que se conseguirá reativar as equipes da saúde da família extintas no
governo Bolsonaro. Não será em um mês que os trabalhadores que perderam seus
direitos trabalhistas e empregos, terão renda para ficar em casa lavando as mãos,
ou renda para comprar álcool em gel superfaturado.
Vemos repetirem-se no Brasil o mesmo sistema de extermínio
desde o colonialismo.
Os empobrecidos estão em absoluta desvantagem para enfrentar
essa pandemia.
E aí o que fazer?
Bolsas de renda para não irem ao trabalho? Isenção de taxas
de água e luz para ficarem em casa sem preocupação como o aumento do consumo?
Nada disso será feito pelo governo Bolsonaro.
Então, que pelo menos os privilegiados deixem de circular.
Empobrecidas e empobrecidos, (ainda mais se forem idosos), vão ser o mais fragilmente atingidos. Então,
que os mais abastados e privilegiados não incrementem a morte deles.
Aliás, podiam continuar sendo atendidos na rede privada, pelos
planos de saúde, deixando a rede pública pra quem sempre usou e agora precisará
usar ainda mais.
Que tal?
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