Petição Contra a Nomeação de Valencius Wurch
para a Coordenação Nacional de Saúde Mental.
No dia 10 de dezembro de 2015 foi
anunciado pelo Ministério da Saúde que o psiquiatra Valencius
Wurch, ex-diretor da Casa de Saúde Dr. Eiras, o maior hospício da América
Latina, foi nomeado como coordenador nacional de saúde mental. Tendo em vista o
retrocesso dessa nomeação, que ameaça a Reforma Psiquiátrica no Brasil e a Luta
Antimanicomial, divulgamos a petição, pensando nela como a voz dos
profissionais de saúde que buscam pelo respeito às diretrizes da atual
política de saúde mental de nosso país.
Segue parte da petição e o link para
assinatura: http://www.peticaopublica.com.br/psign.aspx?pi=BR87077
''O Sr. Valencious é
ex diretor da Casa de Saúde Dr. Eiras, o maior hospício da América Latina. O
manicômio Dr. Eiras, localizado no Rio de Janeiro, foi fechado em 2012, dois
anos depois de ordem da justiça para que as atividades no local fossem
encerradas devido a uma série de denúncias das condições sub humanadas em que
os internos viviam. Valencius Wurch dirigiu o local por dez anos, denunciado
inúmeras vezes por abandono e maus tratos.
Em maio e agosto de 2000, o Ministério da Saúde produziu auditorias que descreveram um quadro de ‘casa dos horrores’, negado pela Casa de Saúde Dr. Eiras. Uma caravana da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados igualmente criticou o manicômio. Em 2001, a Secretaria de Estado de Saúde proibiu novas internações – havia pouco mais de 1.500 pacientes -, assumiu a gestão das verbas do SUS (Sistema Único de Saúde) destinadas à Casa de Saúde Dr. Eiras (R$ 13 milhões em 2000) e promoveu um censo com uma série de denúncias ao local.
Como se não bastasse seu histórico profissional, o psiquiatra Wurch, também declarou em entrevista ao Jornal do Brasil, em 1995, que era contra a Lei Paulo Delgado – Lei que garante os direitos aos portadores de transtorno psíquico no Brasil – e que tirar as pessoas dos manicômios era algo meramente “ideológico”.''
Em maio e agosto de 2000, o Ministério da Saúde produziu auditorias que descreveram um quadro de ‘casa dos horrores’, negado pela Casa de Saúde Dr. Eiras. Uma caravana da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados igualmente criticou o manicômio. Em 2001, a Secretaria de Estado de Saúde proibiu novas internações – havia pouco mais de 1.500 pacientes -, assumiu a gestão das verbas do SUS (Sistema Único de Saúde) destinadas à Casa de Saúde Dr. Eiras (R$ 13 milhões em 2000) e promoveu um censo com uma série de denúncias ao local.
Como se não bastasse seu histórico profissional, o psiquiatra Wurch, também declarou em entrevista ao Jornal do Brasil, em 1995, que era contra a Lei Paulo Delgado – Lei que garante os direitos aos portadores de transtorno psíquico no Brasil – e que tirar as pessoas dos manicômios era algo meramente “ideológico”.''
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