Joe Amon via Getty Images NÚMERO DE MORTES POR OVERDOSE JÁ É ESTIMADO EM 125 NORTE-AMERICANOS POR DIA |
O principal problema está relacionado ao uso indiscriminado
de analgésicos e heroína. Isso nos indica pelo menos duas coisas: 1) A política
de proibição de drogas não tem efeito positivo, pois só reprime em vez de cuidar
e informar; 2) O uso de drogas lícitas já é um problema de saúde pública grave.
O número dessas mortes atingiu um novo pico em 2014: 47.055 pessoas,
ou o equivalente a cerca de 125 americanos todos os dias. Esse aumento de mortes é semelhante a situação vivida
entre o final da década de 1980 e início da década de 1990, em relação a AIDS.
Com uma diferença ainda mais grave: a epidemia relacionada ao vírus HIV se
concentrava em grandes centros urbanos, porém as mortes por overdose estão
acontecendo em maior número nas áreas rurais. Supomos que isso se deva a maior
dificuldade em acessar informação e os serviços de saúde.
Dentre os analgésicos, o maior destaque é para o Fentanyl, que
é um potente opiáceo sintético, 100 vezes mais potente que a morfina. Em comunicado em março de 2015, o órgão para o controle
de drogas do Departamento de Justiça Norte-Americano “Drug Enforcement
Administration”, alerta: o Fentanyl é largamente utilizado por seus “intensos
efeitos eufóricos” em substituição a heroína, mas por ser “muito mais potente
do que a heroína”, “resulta em overdoses frequentes que podem conduzir a
depressão respiratória e morte”.
Veja a matéria completa em:
(Texto escrito por Jaína Alcântara e Ricardo Pimentel Méllo)
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